Não sei,
não sei se estou velho...
Não sei se estou velho
nem se estar velho é estar, como eu estou.
Há muito tempo, sentava-me no quintal
e via as brasas, as sardinhas e os pimentos,
soltarem o fumo ao calor do verão.
E a família feliz, como o prato chinês.
Não pensava no tempo assim.
Só na chuva, no sol e no vento.
E via as brasas do carvão até à cinza
e a presença de todos, como se ali estivessem
para estar sempre.
E a família feliz, como o prato chinês.
. Perto
. Frágil