a dramática lógica da batata
mata a isoiética parabólica
da pata que pariu a acústica
elíptica da fonética marata
a álica ceifada fica erecta
encafifada no ameno feno
no pó da mó da atafona
e o moleiro de quiriotecas
(que fazer farinha é ritual)
abre portas frestas e janelas
e de malga de intrita na mão
assim grita
irra!
Irra!
que entre catacáustica luz
que ilumine a dramática lógica
da batata que pariu a catacústica
de que tanto se fala
e ala
ala que se faz tarde
irra!
não te digo hoje
não te digo amanhã porque do tempo
tenho a leitura das palavras
cada letra uma espiga só uma
e em cada poema a demora das searas
colho a graça das perfeições nuas
porque as formas são apenas formas
na cal dos muros
e na penumbra da verdura que deles cai
está Juno deitada na brancura de todas as cores
que o branco tem
. Frágil
. És louco
![]() |