quando fui carteiro punha as mãos
assim ao de leve nas cartas
e via lá dentro o açúcar das palavras doces
e a tristeza das letras desencontradas e tristes
com um sorriso aberto entregava umas
e as outras o dever dizia-me que as entregasse
quando fui soldado com soldados irmãos
entre mim e eles ouvia o clarim
que sempre me dizia que as alegrias
chegariam com o carteiro que também fui
e as tristezas todas ali no campo onde
poucos gritavam a sua condição de homens
enquanto outros me diziam saber por que eram soldados
com um sorriso aberto recebia uns
e aos outros o dever mandava-me que lhes desse tão só
a minha Paz
. Perto
. Frágil