tão perto andamos da verdade
meu irmão
que não arrisco a primavera
quando acordo e ainda com sono
abro os olhos e não vejo o desenho nítido
de um desejo vão
tão perto
minha irmã
que não arrisco também o outono
quando adormeço e me entrego
seguro de que verei ao largo tudo o que vejo certo
mesmo no escuro
Foto: Colunas - Templo de Karnak - Março/08 - LNM
. Perto
. Frágil