despidos,
os lábios vestem-se de palavras.
a cada uma
os olhos fitam as portas que elas encerram.
e cada frase proferida é uma chave,
como se a saliva emergisse em fios de seda branca
até que o casulo, translúcido, se fecha.
e nós lá dentro!
prisioneiros do que dizemos!
. Frágil
. És louco
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