e fiquei ali sentado ao fim da tarde
com a água no peito,
quase no coração.
não.
não gosto de fazer promessas.
mas quebrarei o silêncio só com os remos
a caminho da foz,
a caminho da praia.
tudo o resto será a companhia das aves
e o rumor do vento nas margens.
como tudo é tão simples!
tão simples que os odores ribeirinhos
condensados, como perfumes estivais,
se deixam respirar nos contornos do rio
a caminho do mar.
não gosto de fazer promessas
porque sou mau pagador.
não gosto!
mas hei de remar assim
até que o sal se apodere da água doce
e a tarde encerre o dia atrás da noite.
Foto daqui: http://amata.anaroque.com/arquivo/2014/04/rio_arade
. Perto
. Frágil