quando canto a alvorada
ainda tenho as asas húmidas do orvalho
que, puro, se condensa muito cedo
na orla das penas que me cobrem
a pele.
para além da escuridão que se esfuma
não sei que outras fronteiras
existem entre a noite e o dia.
não sei!
pergunto,
se a névoa que se levanta
mais os mistérios do vento?
se as nuvens salgadas que envolvem a praia,
mais a transparência do mar?
respondo
que nada disso é assunto das aves.
as minhas penas não são tristezas
nem condenações.
são plumas de enfeitar.
imagem daqui: http://wonderfulseaworld.blogspot.com/2012/03/aves-marinhas.html
. Frágil
. És louco
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