Terça-feira, 2 de Novembro de 2004
os torvelinhos de areia também cinzelavam as nuvens
e desenhavam com elas contornos sem formas definidas
a poesia das paredes brancas cegava
porque os perfis da sombra eram margens de um rio de luz
agora os rumores da chuva já não contentam o cio da terra
e os pregões que ouço na cidade improvisam impaciências
já não há papoilas
já não há papoilas