Poderás sentar-te nos jardins, à beira rio.
O Sena aos teus pés, a água turva, o tempo denso.
Uma velha concertina no ar húmido da manhã,
em Paris.
Poderei sentar-me nas escadarias de Roma,
nos jardins de Copenhaga e da soturna Londres.
Nos suspensos da Babilónia,
onde Dario e Alexandre amaram sem pudor.
Poderemos rezar nos jardins de pedra
de Nagasaki e de Hiroxima.
A redenção aos nossos pés!
A água pesada, os relógios parados,
uma flauta de bambu ao vento, à nossa imagem.
Lamberemos as feridas.
Poderás curar-te.
Poderei curar-me.
Afinal, todos os jardins nos redimem
e todos são belos.
À sua maneira
Imagem daqui: https://ar.pinterest.com/pin/391039180147858544/
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